Publicado em: 14/11/2022
Gazeta Digital: “Estrelas além do tempo”, o filme necessário para a sociedade
Esse é o nome da produção que se passa na década de 1960, mas há muito debate atual.

A obra conta a história de três mulheres negras que trabalham como calculadoras da NASA, durante a guerra entre Rússia e Estados Unidos, com o objetivo de chegar ao espaço. Seus nomes? Katherine Goble (Taraji P. Henson), Mary Jackson (Janelle Monáe) e Dorothy Vaughn (Octavia Spencer). Elas fazem parte do grupo de computação do setor oeste na sede da empresa.

A trama começa com Katherine sendo convocada para a equipe de trajetória espacial, para calcular os números dos matemáticos do grupo. Lá, sofrem todos os tipos de preconceitos, desde o machismo até o racismo, ao ponto de ter uma segregação até para a jarra de café. O banheiro frequentado por ela fica a um quilômetro da sala de trabalhos, pois, no edifício, não há banheiros para negros.

Suas outras amigas, Mary e Dorothy, também possuem inúmeros problemas, enquanto Mary tenta entrar para uma universidade de brancos e Dorothy, mostrar seu valor para seus supervisores. Há esperança para as três, pois Dorothy consegue a brecha para recrutar sua equipe para consertar os novos computadores da NASA, estudando sobre eles. Mary convence o juiz de que pode ingressar na faculdade de engenharia espacial, ao mesmo tempo que Katherine conquista a confiança de seus colegas e dá um passo à frente do sistema quando seu chefe decide extinguir o banheiro de negros, a fim de que todos usem o mesmo lugar igualmente.

Essa obra me emociona muito, porque retrata maravilhosamente a luta de uma causa e a história de mulheres que batalham dia após dia contra a nossa sociedade mega preconceituosa, interpretadas por três grandes atrizes, com algumas já tendo estrelado filmes sobre o tema, como Octavia Spencer, em “Histórias cruzadas”, que viveu suas personagens com personalidades parecidas. Uma ideia muito boa do diretor foi elencar pessoas que já tiveram aparições em outras produções, como o ator de “Green Book” Mahershala Ali.

Sobre produção e efeitos audiovisuais, poderia dizer que eu daria uma nota 7,5 de 10, apesar de ter figurinos fiéis à época, com CGI básico, pois é um filme não voltado para o visual, mas que dá para contar um pouco da história. A trilha sonora conta com Pharrell Williams e Hans Zimmer, que, embora não tenham muito a ver com o tempo em que se passa, são ótimas opções para músicas de filme.

  

 

 

 

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